Confiança em Jesus, Entusiasmo na ação e União fraternal

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Doutrina

O propósito de Deus: predestinação e pré-conhecimento – rm 9.1-24
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“Predestinação” é uma palavra usada com freqüência para significar a preordenação de todos os eventos determinados por DEUS na história do mundo—passado, presente e futuro. Esse uso é muito apropriado. Contudo, nas Escrituras e na teologia histórica protestante, “predestinação” se refere especificamente à decisão de DEUS tomada na eternidade, em relação ao destino final de pessoas individuais, antes de o mundo existir. Em geral, o Novo Testamento fala da predestinação ou eleição de pecadores particulares para a salvação e para a vida eterna (Rm 8.29; Ef 1.4-5, 11), ainda que as Escrituras, também, ocasionalmente atribuam a DEUS antecipada decisão a respeito dos que, finalmente, não foram salvos (Rm 9.6-29; 1Pe 2.8; Jd 4). Por essa razão, é freqüente, na teologia protestante, definir a predestinação mediante a inclusão tanto da decisão de DEUS de salvar alguns do pecado (a eleição) como a correspondente decisão de não salvar outros (reprovação). Com freqüência, afirma-se que a escolha que DEUS faz de indivíduos para a salvação está baseada no seu pré-conhecimento de que eles escolheriam a CRISTO como seu Salvador. Pré-conhecimento, nesse caso, significa que DEUS prevê passivamente o que os indivíduos farão independentemente da preordenação de DEUS com relação às ações deles. Porém há pesadas objeções ao ponto de vista de que a eleição está baseada numa previsão passiva (ou seja, não haver nenhuma participação ativa de DEUS). “Conhecer de antemão”, em Rm 8.29; 11.2 (cf. 1Pe 1.2, 20) indica não só o conhecimento antecipado que DEUS tem, mas também a escolha antecipada que DEUS faz do seu povo. Não expressa a idéia da previsão passiva que um expectador tem daquilo que vai acontecer espontaneamente. O conhecimento que DEUS tem do seu povo nas Escrituras implica um relacionamento especial de escolha por amor (Gn 18.19). Posto que todos estão naturalmente mortos no pecado (separados da vida de DEUS e indiferentes para com ELE), ninguém que ouve o Evangelho pode chegar ao arrependimento e à fé sem receber a renovação interior, que só DEUS pode conferir (Ef 2.4-10). Jesus disse: “Ninguém poderá vir a mim se pelo PAI não lhe for concedido” (Jo 6.65; cf. 6.44; 10.25-28). Pecadores escolhem a Cristo porque DEUS os escolheu primeiro e levou-os a essa escolha pela renovação de seu coração mediante a graça. Ainda que todos os atos humanos sejam livres, no sentido de uma autodeterminação imediata, esses atos são também executados dentro da preordenação e propósito eterno de DEUS. Temos dificuldade em compreender precisamente de que maneira se compatibilizam a soberania divina e a liberdade e responsabilidade humanas, mas as Escrituras, em toda a parte, pressupõem que são compatíveis (At 2.23; 4.28). Embora por sua própria vontade homens ímpios, tanto judeus como gentios (At 4.27-28), tivessem levado Jesus à morte, suas ações estavam dentro da soberana determinação de DEUS (cf. At 17.26; 2Cr 25.16; Jr 21.10; Dn 11.36). DEUS ordenou a morte de seu Filho, mas os executores imediatos levam a culpa por crucificarem Jesus (At 3.17-18; 4.27-28; 13.27). DEUS ordena tanto os meios quanto os fins dos acontecimentos humanos sem violar a liberdade e responsabilidade humana. Os judeus não puderam passar sua culpa aos romanos; eles tinham pedido aos romanos para crucificarem Jesus. Pedro ensina que os judeus eram responsáveis (At 3.15; 4.10; 5.30; 10-39). Nada, nem mesmo a morte injusta do Filho de DEUS, acontece à parte da vontade e do controle soberanos de DEUS. Embora os assassinos de Jesus tenham agido de acordo com o que DEUS havia determinado, eles eram agentes moralmente responsáveis e eram considerados como aqueles que deveriam prestar contas (At 3.15). A certeza do plano de DEUS para o mundo é estabelecida pelo seu soberano propósito e assegurado pela sua mão todo-poderosa. Os primeiros capítulos de Atos ensinam a compatibilidade entre a soberania divina e a responsabilidade humana. Os cristãos devem agradecer a DEUS por sua conversão, pedir que ELE os guarde em sua graça e esperar, com confiança, por seu triunfo final, de acordo com SEU plano אַ
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[Bíblia Estudo de Genebra, p. 1089 - Ed. Cultura Cristã

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