Confiança em Jesus, Entusiasmo na ação e União fraternal

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Doutrina

O NASCIMENTO VIRGINAL DE JESUS – Lc 1.26-56
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O Evangelho de Mateus (1.18-25) e o Evangelho de Lucas (1.26-56; 2.4-7), em duas histórias complementares, porém independentes, concordam em seu registro do nascimento de Jesus como resultado de uma concepção miraculosa. Sua mãe, Maria, ficou grávida pela ação criativa do Espírito Santo, antes que ela tivesse qualquer relação com um homem (Mt 1.20; Lc 1.35).
A maioria dos cristãos aceitava o nascimento virginal de Jesus sem hesitação até o século XIX. Daí em diante, o assunto se tornou uma questão central no debate acerca do supranaturalismo cristão e da divindade de Jesus. O modernismo, buscando interpretar Jesus como um simples mestre singularmente piedoso e sábio, cercou o nascimento virginal de um espírito de desnecessário ceticismo.
Na realidade, o nascimento virginal de Jesus faz parte do resto da mensagem do Novo Testamento a respeito de Jesus. A dignidade e a glória eternas que Jesus teve antes de o mundo ser criado (Jo 1.1-9) tornaram natural que Ele entrasse na vida encarnada de um modo que proclamasse o glorioso papel que Ele veio cumprir (Mt 1.21-23; Lc 1.31-35).
Mateus e Lucas estão interessados em como, através desse nascimento singular como ser humano, Jesus veio cumprir o propósito de DEUS para a redenção, especialmente em experimentar a tristeza e a morte pelos pecadores. Eles estão menos preocupados com a concepção virginal como um prodígio físico ou uma arma apologética.
É impossível dizer se o nascimento virginal era o único modo pelo qual Jesus poderia vir à terra e identificar-se com o Seu povo. O modo como esse nascimento é relatado testemunha a divindade de Jesus e o distingue de todos os outros. Convinha que Ele nascesse desse modo incomum, uma vez que Ele, diferentemente de todas as outras pessoas desde a queda, não estava envolvido em pecado. Maria não foi uma exceção nesse aspecto, não mais do que Davi e Pedro, ainda que os pecados dela não tenham sido registrados como foram os deles. Através de Sua morte, Jesus se tornou o Salvador dela e de todo o resto da Igreja.
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[Bíblia Estudo de Genebra, p. 1183 - Ed. Cultura Cristã
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Algumas Informações sobre o nascimento de Jesus
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O nascimento de Jesus é descrito com simplicidade. O motivo que levou Maria a viajar com José até Belém para o recenseamento é incerto, porque, normalmente, não era exigido que as mulheres se registrassem. Jesus foi o primogênito de Maria. Seu nascimento na “Cidade de Davi” cumpriu a profecia (Mq 5.2) e chamou a atenção para a Sua missão como Messias. Ao nascer, Maria embrulhou o bebê em longas tiras de pano, chamadas de “cueiros” ou “faixas”, para mantê-lo firme, e o colocou numa manjedoura (cocho de alimentar animais).
O fato de a criança ter sido colocada numa manjedoura pode indicar que ela nasceu num estábulo. Há uma tradição de que Jesus nasceu numa caverna que era usada como estábulo. As manjedouras ficavam, com freqüência, ao ar livre, de modo que é possível que Jesus tenha nascido a céu aberto. Outra possibilidade é que o lugar onde Jesus nasceu era o lar de uma família pobre, onde os animais ficavam sob o mesmo teto. Esse humilde nascimento numa estrebaria realça a pobreza e a obscuridade dos primeiros anos de vida de Jesus.
Em Israel, o parto era associado com impureza cerimonial (Lv 12.1-8), já que os fluídos corporais expelidos durante o parto eram considerados impuros. Maria tinha de passar por um ritual de purificação para poder estar cerimonialmente limpa perante DEUS (Lc 2.22). O período de purificação após o nascimento de uma criança do sexo masculino era de 40 dias (Lv 12.1-4).
Se a família era pobre, o ritual de purificação incluía a oferta de rolas ou pombas (Lc 2.23-24). אַ

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