Confiança em Jesus, Entusiasmo na ação e União fraternal

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Deus se agrada da forma como comemoramos o Natal?

Na época de Natal, a cidade é enfeitada com luzes e arranjos coloridos. O comércio fica aquecido com a venda de árvores e enfeites para decorar casas e fachadas e com a intensa procura por presentes que serão distribuídos entre parentes e amigos. Alimentos especiais são concorridos e disputados pelos consumidores para preparar a Ceia de Natal. As empresas, na véspera do grande dia, promovem a confraternização de seus funcionários realizando o “amigo secreto”. Nessa época, as pessoas são tomadas pelo “espírito de natal” e se lembram que precisam exercer a compaixão, a solidariedade, a fraternidade e a caridade, fazendo com que cestas básicas, brinquedos e roupas sejam distribuídos nas favelas e entre carentes. Risos e atitudes cordiais são doados enquanto se deseja um “Feliz Natal!” a pessoas que encontramos na rua e não conhecemos. Músicas com temas natalinos tocam nas lojas e casas, com suas melodias suaves e harmoniosas que falam do Papai Noel, da árvore de Natal (o pinheiro), do amor ao próximo e do menino Jesus. As vitrines das lojas são temáticas e primorosamente montadas e os Shoppings Centers disputam acirradamente quem tem o presépio mais bonito e a árvore mais imponente. Crianças esperam ansiosas pelos presentes que pediram ao Papai Noel (afinal, elas se comprometeram a ficar boazinhas durante todo o mês); esposas esperam ganhar aquele presente dos sonhos (que pode ser uma jóia e/ou aquela viagem prometida desde o Natal passado) ao passo que maridos, geralmente, se contentam em ganhar uma caixa de lenço, uma camisa, um pijama ou um jogo de cuecas—desde que não se gaste muito! As TVs exibem programações especiais e filmes que contam a história da vida e morte de Jesus. Exibem também (em forma de filme ou desenho animado) comoventes contos natalinos que contenham cenas de Papai Noel com suas renas, levando felicidade a criancinhas ou a uma família pobre; ou, então, aquelas inspiradoras comédias romântico-açucaradas regadas à neve, belas paisagens e um final feliz. É a “magia” do Natal. As Igrejas, por sua vez, promovem lindas cantatas de Natal a serem apresentadas em cultos especiais.
Sem dúvida, a descrição acima nos mostra um belo quadro. Mas nos conduz a uma reflexão: “Papai Noel, árvore enfeitada, ceia e bebida, distribuição de presentes... DEUS se agrada de tudo isso e da forma como comemoramos o Natal?”
A Bíblia diz que tudo o que fazemos deve ser para a Glória de DEUS (1Co 10.31). E quando ela diz “tudo”, refere-se a todas as coisas sem exceção! Porque o objetivo de DEUS em tudo o que existe é a Sua glória. Esse objetivo aponta para um propósito, não de egoísmo divino, mas de amor divino. DEUS quer ser (e deve ser) louvado por SEU caráter meritório e exaltado por SUA grandeza e bondade. Quer ser reconhecido por aquilo que ELE é. Mas a glória, que é SEU propósito, tem dois lados: (1) ELE revela SUA glória em atos de livre generosidade e (2) SEU povo responde com adoração, dando-LHE glória com ações de graças por aquilo que tem visto e recebido. Os seres humanos foram criados para essa recíproca comunhão de amor com ELE e a redenção oferecida por Cristo torna isso possível para a humanidade caída e pecadora. A natureza humana só pode ser completada e ter paz genuína pela contínua compreensão da glória de DEUS e pela correspondência a ELE com louvor e adoração, do mesmo modo que DEUS tem prazer em SE revelar àqueles que O recebem e O glorificam (Sofonias 3.14-17). Quando realizamos qualquer tipo de ato nobre—por mais grandioso e admirável que seja—se não for feito por amor a DEUS e para glorificá-LO, tal realização não terá nenhum valor (1Co 13.1-3). A Bíblia diz: “porque DELE, e por meio DELE, e para ELE são todas as coisas. A ELE, pois, a glória eternamente. Amém!” (Rm 11.36). Esta é a razão pela qual a teologia da Reforma Protestante insiste tanto no princípio: “Glória a DEUS somente” (Soli Deo Gloria); e este princípio deve reger nossa vida e determinar tudo o que fizermos. É este princípio que tem regido as suas atitudes e obras feitas no Natal? DEUS tem se agradado da forma como você compreende e comemora o Natal? אַ
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Vladimir Neiman - editor

Editorial

Apesar da tradição cristã, cada vez mais se questiona, no meio evangélico, se devemos ou não comemorar o Natal.
Tal questionamento tem crescido não só por causa da origem histórica do Natal ser comprovadamente pagã, mas também pelo fato de não haver nenhuma fundamentação bíblica e/ou orientação apostólica para essa comemoração.
Para piorar, o Natal tem sido cada vez mais relacionado a Papai Noel, árvore enfeitada com bolas e bibelôs coloridos, luzes e arranjos nas fachadas das casas e prédios, compras e troca de presentes e cartões temáticos, ceia, bebedeira, fogos de artifício e, por fim, ao revestir-se do tal “espírito natalino” que produz (somente na época) um senso de solidariedade, caridade e boas obras. Em contrapartida, é associado cada vez menos ao nascimento de Jesus Cristo e o seu significado para nós.
Surgem, assim, algumas questões: DEUS se agrada do Natal e da forma como nós o comemoramos? E, se a Igreja Primitiva (nascida na era apostólica a partir do Pentecostes— ano I da era Cristã) não o celebrava, por que devemos comemorá-lo?
Dos Evangelhos, somente Mateus e Lucas registram o nascimento de Jesus. Tinham como objetivo, ao mencioná-lo, mostrar três verdades: (1) que Jesus era histórico (realmente existiu); (2) que Jesus nascera de forma miraculosa através do Espírito Santo e, portanto, sem a natureza depravada e pecaminosa de Adão (Rm 5; 1Co 15.45-49; Hb 4.14-15); (3) que Jesus era o descendente do rei Davi e, assim, reinará e governará para sempre (2Sm 7.1-17; Is 9.1-7; Dn 7.13-14; Lc 1.32-33, 69-70; At 2.29-36; 13.22-23; Rm 1.1-4; 2Tm 2.8; Ap 22.16). O ponto central dos Evangelhos não está no nascimento, mas no sacrifício expiatório de Jesus na cruz, na Sua ressurreição, na Sua divindade, no Seu reinado eterno e no comissionamento que fez à Sua Igreja para pregar o Evangelho a toda criatura.
Para muitos cristãos de todas as denominações evangélicas, seria mais coerente comemorarmos apenas a ressurreição do que, também, o nascimento; pois alegam que tanto o nascimento e encarnação de Cristo quanto Sua morte na cruz não teriam efeito se Ele não tivesse ressuscitado (1Co 15). Fundamentam este ponto de vista com a declaração de Paulo: “se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (1Co 15.17-19). A ressurreição de Cristo garante a nossa glorificação (1Co 15.20-28, 35-49). Através dela, foi-nos dada a vitória definitiva sobre a morte física e espiritual, ou seja, a vida eterna. “Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na Sua vinda. E, então, virá o fim, quando Ele entregar o reino ao DEUS e PAI, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. (...) O último inimigo a ser destruído é a morte” (1Co 15.22-24, 26). Graças à ressurreição de Cristo podemos declarar com toda confiança e certeza: “Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a DEUS que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 15.54-57).
Nesta edição especial pretendemos levar os leitores a uma profunda reflexão sobre o tema através das matérias e debates promovidos. Assim, desejamos que o Espírito Santo dê o devido esclarecimento acerca da comemoração do Natal e mostre a Sua vontade. אַ
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Vladimir Neiman – Editor

Ponto de vista & Opinião

O CRISTÃO DEVE CELEBRAR A FESTA DE NATAL?
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Apresentamos o debate entre duas pessoas comprovadamente cristãs que defendem opiniões diferentes sobre a comemoração do Natal. Cabe ao leitor decidir que posição apoiar.
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1- POSIÇÃO DE “NÃO” À CELEBRAÇÃO DO NATAL
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Diante de tantas coisas que a Igreja de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo tem enfrentado, a pior de todas elas é a celebração das festas do mundo secular. E a festa mundana mais celebrada, ano após ano, é o Natal (inclusive, pelos cristãos verdadeiros—aqueles que foram lavados e remidos pelo sangue de Cristo).
Muitos nunca pararam para pensar por que acreditam nessa festa e seguem determinados costumes sem saber de onde procedem e o que realmente representam. Por natureza, tendemos a seguir o que outras pessoas fazem, ainda que estejam erradas. No entanto, deveríamos fazer algumas perguntas: Como e quando surgiu, pela primeira vez, o Natal? Será o Natal realmente a celebração do nascimento de Jesus Cristo? Será que os apóstolos foram ensinados a celebrar essa festa? Se o Natal é uma das maiores festas cristãs, por que será que tantos pagãos o comemoram também?
O termo natal é relativo ao dia do nascimento ou aniversário natalício. A festa de natal teve origem na Igreja Católica Romana e, daí, expandiu-se ao protestantismo e ao resto do mundo. No entanto, ao contrário do que muitos pensam, o catolicismo não tirou a “idéia” de celebrar esta festa do Novo Testamento, da Bíblia ou dos primeiros apóstolos que foram instruídos pessoalmente por Cristo. Até porque Jesus Cristo não nasceu em dezembro, nem nasceu no inverno. Lucas 2.8 diz que “pastores (...) estavam no campo e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho”. Isso nunca poderia ter ocorrido na Judéia no mês de dezembro. Os pastores recolhiam os rebanhos das montanhas e dos campos e os colocavam no curral no mais tardar até o dia 15 de outubro, para protegê-los do frio e da estação chuvosa que se seguia. A Bíblia nos dá provas disso em Cantares 2.11 e Esdras 10.9-13. O que muitas pessoas não sabem é que o Natal é a principal tradição do sistema babilônico. Ninrode, neto de Cam, filho de Noé, foi o verdadeiro fundador desta festa pagã. De acordo com as enciclopédias Britânica e Americana, Ninrode foi um homem perverso que se casou com sua mãe, a qual se chamava Semíramis. Quando de sua morte, sua mãe-esposa mandou plantar um pinheiro em seu túmulo. Uma lenda, então, foi propagada: o pinheiro que cresceu no lugar em que seu filho fora enterrado deveria ser honrado por todos, lembrando o dia do nascimento de Ninrode. Os pagãos da Antigüidade comemoravam o Natal, retirando a data, 25 de dezembro, da Brumália pagã que seguia a Saturnália (que era de 17 a 24 de dezembro). Celebrando o dia mais curto do ano, no qual festejavam o Novo Sol, seguiam a data à risca, cultuando o deus Sol. É preciso lembrar que o mundo romano era pagão— os cristãos ainda eram poucos em número (embora aumentasse a cada ano, mesmo com a perseguição do império). Com a chegada do imperador Constantino—que no século IV, tornou-se “cristão”— o cristianismo foi colocado no mesmo patamar do paganismo, incorporando datas e festas pagãs ao calendário cristão. O Natal foi uma delas. Além disso, se o SENHOR desejasse que guardássemos e comemorássemos o nascimento de Cristo, não teria ocultado a data exata do Natal e os apóstolos o comemorariam. Eis o motivo pelo qual sou contrário à celebração dessa festa que nada tem a ver com Cristo e Sua Palavra, mas com o paganismo e costume dos povos. Dizemos que somos pessoas cristãs, porém, sem nos dermos conta disso, estamos na Babilônia, tal como predisse a profecia bíblica, descrita em Apocalipse 18.4: “E ouvi outra voz do céu que dizia: sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados e para que não incorras nas suas pragas”.
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[José Roberto Lopes Leão é pesquisador e diácono da Igreja Jesus é a Verdade - RJ]
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2- POSIÇÃO DE “SIM” À CELEBRAÇÃO DO NATAL
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Essa pergunta pode soar estranha e despropositada a nós cristãos, tão acostumados com as comemorações do Natal que se aproxima e, para as quais, as lojas sugerem planos consumistas. Bem, a verdade é que esta indagação tem a sua razão de ser, e o mais sério é que ela é geralmente formulada por cristãos sinceros, desejosos de permanecerem fiéis às Escrituras.
Vejamos então, de forma indicativa, os principais argumentos que, em geral, são levantados contra as comemorações do Natal: a impossibilidade de se precisar a data correta do nascimento de Cristo (sabemos que não foi em dezembro); a data de 25 de dezembro está associada às divindades pagãs romanas que adoravam, inclusive, o sol; a instituição desta data somente em meados do quarto século, sendo, inclusive, escolhida para substituir as comemorações pagãs na vida do povo; as associações feitas com o Natal que nada têm a ver com o seu significado, mas estão relacionadas às práticas pagãs ou simplesmente culturais: pinheiros decorados (árvore de natal), bolas coloridas, Papai Noel, troca de presentes (com todo o endividamento dessa prática), a exploração da mídia, da indústria e comércio; a palavra Natal que, em inglês—Christmas—é composto de Christ (Cristo) e mass (missa), que significam a missa de Cristo (a missa romana tem a pretensão de repetir o sacrifício de Cristo. Assim sendo, a obra expiatória de Cristo não teria sido suficiente e definitiva para expiar os pecados dos que crêem, o que contraria o ensino bíblico, conforme está escrito em Hebreus 4.14 e 6.19-20, dentre outras passagens), e a ausência de indícios no Novo Testamento da comemoração do Natal. Particularmente, considero procedentes todos os argumentos apresentados.
No entanto, ainda que lamente a comercialização desse dia e a associação indevida com elementos estranhos ao nascimento de Jesus Cristo, sustento que devemos comemorá-lo. Creio que a Igreja pode e deve comemorar o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. As razões são simples. Vejamos: O Cristianismo é uma religião histórica, com datas e fatos que estão registrados em diversas fontes, sendo a Bíblia a principal por ser inspirada por DEUS (2Tm 3.16; 1Pe 1.21). Sem os fatos históricos, o Cristianismo se assemelharia às lendas inventadas pelos homens na mitologia (Homero, Hesíodo e Ovídio). O Natal nos traz a lembrança de que o cristianismo é um fato histórico inegável. No entanto, como não devemos criar dia santo além do instituído pelo próprio DEUS, podemos, por exemplo, cultuá-LO considerando, de modo especial, a encarnação no domingo mais próximo do dia 25 de dezembro. Afinal, a guarda do domingo em lugar do sábado, foi praticada pela Igreja justamente pelo fato de Cristo ter ressuscitado nesse dia (veja Mc 16.2, 9; Jo 20.1, 19). No início do Evangelho de João, está escrito que Ele se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14). O Verbo Eterno (Jo 1.1) se fez carne, “armou sua tenda” entre nós, viveu como homem de fato: o DEUS-homem. Assim, Ele pregou, curou, morreu, ressuscitou (1Co 15.1-8; Hb 2.17-18). Tudo isso ocorreu, foi testemunhado e está registrado na História. A Igreja de Cristo em sua existência é o grande atestado da vida, morte e ressurreição de Cristo. O Natal conta parte dessa História e, portanto, devemos celebrá-lo com espírito de gratidão a DEUS por ter enviado o Seu Filho na plenitude dos tempos (Gl 4.4) para redimir o Seu povo. Devemos, então, corrigir nossa prática? Sem dúvida. A Igreja tem perdido a dimensão do Natal e, por isso, com freqüência, as comemorações se tornam mera alusão a um ser ausente. É preciso que redescubramos o valor do Natal—O DEUS eterno que se fez homem e habitou entre nós. אַ
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[Hermisten Maia é pastor da IPB, professor do Seminário JMC e da Universidade Mackenzie]

Especial

PÉRGAMO, O TRONO DE SATANÁS E O NATAL
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O Senhor Jesus, na Sua revelação ao apóstolo João, na Ilha de Patmos, menciona a cidade de Pérgamo como o trono de Satanás (Ap 2.12-13). Por quê?
É preciso buscar as respostas na História.
Pérgamo, a mais famosa cidade da Mísia, estava situada no vale do rio Caíco, a 30 km do Mar Egeu, o que lhe conferia grande importância comercial e religiosa. Havia sido uma cidade-estado grega, doada ao Império Romano em 133 a.C. por Atallus III. A célebre cidade possuía a segunda mais importante biblioteca do mundo, com 200 mil volumes, os quais foram levados depois para Alexandria.
Quanto ao aspecto religioso, Pérgamo era considerada, segundo uma lenda, cidade natal do deus Júpiter. Sob o domínio dos reis atálacos, a cidade se encheu de templos, colégios e palácios reais. Um dos principais monumentos era o templo dedicado ao deus Esculápio, representado por uma serpente. Estavam ainda sediados em Pérgamo quatro dos maiores cultos aos deuses gregos: Zeus, Atena, Dionísio e Asclépio, cujos templos possuíam majestosa beleza arquitetônica. A cidade tinha, também, uma antiga forma de adoração pagã e um antigo culto babilônico (o culto dos magos), além de ser um centro de propagação do culto ao imperador.
Antes de o apóstolo João escrever o Apocalipse, Antipas morreu como mártir em Pérgamo. A influência da Babilônia na transformação de Pérgamo em “trono de Satanás” e, mais tarde, na transformação de Roma em assento da “grande prostituta” (Ap 17.1), remonta ao ano de 487 a.C. Naquele ano, pelo fato de Artaxerxes haver tomado a Babilônia, a hierarquia religiosa daquela cidade se transferiu para Pérgamo. De Pérgamo, o supremo pontífice da Ordem Babilônica legou como herança, por lei, toda sua autoridade e domínio à hierarquia babilônica de Roma e, assim, os Césares se tornaram pontífices máximos e soberanos dessa organização idólatra. Esses imperadores romanos ostentaram tais títulos com todas as cerimônias, ritos e dignidades pagãs, mesmo depois de nominalmente convertidos ao cristianismo.
O primeiro imperador romano a receber tal autoridade foi Caio Júlio César, o qual foi eleito pontífice em 74 a.C. e, posteriormente, promovido a supremo pontífice em 63 a.C. De Júlio César a Graciano, todos os imperadores exerceram a autoridade babilônica; porém, este último (Graciano), em 376 d.C., considerou que não convinha a um cristão ser pontífice da ímpia e idólatra Babilônia. Por isso, renunciou ao título.
Não havia, naquela época, tribunal que julgasse os pagãos, por isso seguiu-se a confusão. Então, a autoridade da Babilônia foi outorgada ao bispo de Roma, Dâmaso, no ano 378 d.C. e colocada sobre ele, que se tornou o pontífice máximo. Dessa maneira, concluímos que o poder papal realmente provém da Babilônia.No rastro da paganização – O caminho para a paganização do cristianismo romano foi inaugurado no início do século IV quando o Papa Silvestre, falecido em 335 d.C., adotou a mitra dos sacerdotes pagãos, a qual aparece nos mais remotos monumentos assírios e egípcios, e era usado como símbolo de autoridade pelos egípcios, assírios, hindus e medos. A mesma mitra era usada na Pérsia pelas autoridades eclesiásticas.
No ano 381, surgiu o decreto da adoração à virgem Maria que, de maneira alguma, honra à bem-aventurada mãe do Salvador; porque tal adoração se inspirava nos mistérios babilônicos e não nos preceitos bíblicos. Acompanhando essa heresia, a qual, mais tarde, ficou conhecida como “mariolatria”, várias outras novidades (ou seja, doutrinas estranhas à Bíblia) foram admitidas no seio da Igreja de Roma, como a adoção das rezas Ave-Maria e Pai-Nosso, que surgiram por volta do século XI e, a partir de 1326 d.C., tornaram-se rezas comuns entre os católicos.
Natal: nascimento do Sol? – Não foi apenas a mariolatria que foi introduzida pelo catolicismo. O cristianismo originário de Roma avançou tanto na sua tentativa de cristianizar o Natal babilônico, que se consagrou até mesmo o pinheiro como símbolo natalino, não desconhecendo, por certo, que era esta a árvore preferida de Tamuz. Segundo algumas autoridades no assunto, a Bíblia se refere à celebração do Natal pagão quando afirma: “Por que os costumes dos povos são vaidade; pois cortam do bosque um madeiro, obra das mãos do artífice, com machado. Com prata e com ouro o enfeitam, com pregos e com martelos o firmam, para que não se mova” (Jr 10.3-4).
Outro aspecto pagão do Natal é a data de 25 de dezembro, rejeitada por muitos especialistas em História e Cronologia Bíblicas. Embora seja de importância capital por marcar o início da Era Cristã, a data do nascimento de Jesus ainda não foi satisfatoriamente definida. Assim, o nascimento de Jesus foi comemorado no dia 20 de maio no Egito e na Palestina, até o século III; e, em outros lugares, no dia 06 de janeiro ou no dia 25 ou 28 de março. O imperador Aureliano estabeleceu, em 275 d.C., a comemoração obrigatória da natividade do Sol Invicto no dia 25 de dezembro, data que foi adotada pela Igreja Romana, a partir do ano 336 d.C., para a comemoração do nascimento de Jesus, como reação ao paganismo. O dia 25 de dezembro aparece pela primeira vez no calendário de Philocalus (354 d.C.). No ano 245 d.C., o teólogo Orígenes repudiava a idéia de festejar o nascimento de Cristo “como se fosse Ele um faraó”.
A data atual do Natal foi fixada no ano 440 d.C., a fim de cristianizar grandes festas pagãs realizadas nesse dia: a festa mitraica (religião persa, rival do cristianismo nos primeiros séculos), que celebrava o Natalis invicti Solis (Nascimento do vitorioso Sol), e várias outras festividades decorrentes do solstício do inverno, como a saturnália em Roma e os cultos solares entre os celtas e os germânicos.
Segundo alguns conhecedores no assunto, o nascimento de Jesus teria ocorrido, provavelmente, entre a segunda metade de março e a primeira metade de abril, quando faz calor na Palestina, e não em dezembro, época em que o forte frio desaconselharia a iniciativa imperial de realizar o alistamento (censo). Reforça esse argumento o fato de os pastores estarem no campo na noite de Natal. É possível que, devido ao calor, os rebanhos permanecessem no curral durante o dia, à sombra, e fossem apascentados à noite. אַ
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[Abraão de Almeida é pastor da Igreja Evangélica Brasileira em Coconut Creek, Flórida, EUA. Autor de mais de 30 livros em português e espanhol]

Doutrina

O NASCIMENTO VIRGINAL DE JESUS – Lc 1.26-56
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O Evangelho de Mateus (1.18-25) e o Evangelho de Lucas (1.26-56; 2.4-7), em duas histórias complementares, porém independentes, concordam em seu registro do nascimento de Jesus como resultado de uma concepção miraculosa. Sua mãe, Maria, ficou grávida pela ação criativa do Espírito Santo, antes que ela tivesse qualquer relação com um homem (Mt 1.20; Lc 1.35).
A maioria dos cristãos aceitava o nascimento virginal de Jesus sem hesitação até o século XIX. Daí em diante, o assunto se tornou uma questão central no debate acerca do supranaturalismo cristão e da divindade de Jesus. O modernismo, buscando interpretar Jesus como um simples mestre singularmente piedoso e sábio, cercou o nascimento virginal de um espírito de desnecessário ceticismo.
Na realidade, o nascimento virginal de Jesus faz parte do resto da mensagem do Novo Testamento a respeito de Jesus. A dignidade e a glória eternas que Jesus teve antes de o mundo ser criado (Jo 1.1-9) tornaram natural que Ele entrasse na vida encarnada de um modo que proclamasse o glorioso papel que Ele veio cumprir (Mt 1.21-23; Lc 1.31-35).
Mateus e Lucas estão interessados em como, através desse nascimento singular como ser humano, Jesus veio cumprir o propósito de DEUS para a redenção, especialmente em experimentar a tristeza e a morte pelos pecadores. Eles estão menos preocupados com a concepção virginal como um prodígio físico ou uma arma apologética.
É impossível dizer se o nascimento virginal era o único modo pelo qual Jesus poderia vir à terra e identificar-se com o Seu povo. O modo como esse nascimento é relatado testemunha a divindade de Jesus e o distingue de todos os outros. Convinha que Ele nascesse desse modo incomum, uma vez que Ele, diferentemente de todas as outras pessoas desde a queda, não estava envolvido em pecado. Maria não foi uma exceção nesse aspecto, não mais do que Davi e Pedro, ainda que os pecados dela não tenham sido registrados como foram os deles. Através de Sua morte, Jesus se tornou o Salvador dela e de todo o resto da Igreja.
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[Bíblia Estudo de Genebra, p. 1183 - Ed. Cultura Cristã
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Algumas Informações sobre o nascimento de Jesus
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O nascimento de Jesus é descrito com simplicidade. O motivo que levou Maria a viajar com José até Belém para o recenseamento é incerto, porque, normalmente, não era exigido que as mulheres se registrassem. Jesus foi o primogênito de Maria. Seu nascimento na “Cidade de Davi” cumpriu a profecia (Mq 5.2) e chamou a atenção para a Sua missão como Messias. Ao nascer, Maria embrulhou o bebê em longas tiras de pano, chamadas de “cueiros” ou “faixas”, para mantê-lo firme, e o colocou numa manjedoura (cocho de alimentar animais).
O fato de a criança ter sido colocada numa manjedoura pode indicar que ela nasceu num estábulo. Há uma tradição de que Jesus nasceu numa caverna que era usada como estábulo. As manjedouras ficavam, com freqüência, ao ar livre, de modo que é possível que Jesus tenha nascido a céu aberto. Outra possibilidade é que o lugar onde Jesus nasceu era o lar de uma família pobre, onde os animais ficavam sob o mesmo teto. Esse humilde nascimento numa estrebaria realça a pobreza e a obscuridade dos primeiros anos de vida de Jesus.
Em Israel, o parto era associado com impureza cerimonial (Lv 12.1-8), já que os fluídos corporais expelidos durante o parto eram considerados impuros. Maria tinha de passar por um ritual de purificação para poder estar cerimonialmente limpa perante DEUS (Lc 2.22). O período de purificação após o nascimento de uma criança do sexo masculino era de 40 dias (Lv 12.1-4).
Se a família era pobre, o ritual de purificação incluía a oferta de rolas ou pombas (Lc 2.23-24). אַ

Espaço mulher

MARIA DE NAZARÉ UMA MÃE HONRADA
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Nenhum outro ser foi mais íntimo de Jesus na terra do que sua mãe, Maria. Todos os Evangelhos e o Livro de Atos falam sobre ela como uma mulher preparada de modo especial para participar da vida de seu Filho na terra. Como mãe, ela é igual a qualquer uma de nós, mas foi mais abençoada do que qualquer outra mulher por ser mãe de nosso Senhor (Lc 1.39-45).
O Evangelho de Mateus apresenta Maria de Nazaré como a esposa prometida de José, um homem justo (Mt 1.19). Quando o anjo Gabriel apareceu anunciando o futuro nascimento de Jesus (Lc 1.26-28), a resposta de Maria revelou sua perfeita compreensão das Escrituras e sua disposição de obedecer a DEUS.
A idéia assustadora de entregar seu corpo virgem como instrumento para a operação do Espírito Santo podia muito bem ser mal compreendida, mas a confiança irrestrita de Maria agradou o coração de DEUS (Lc 1.38). Embora a notícia fosse arrasadora, ela se submeteu com alegria à tarefa que lhe foi atribuída. Seu cântico de louvor (Lc 1.46-55) descreve um coração perspicaz e transbordante de exaltação ao seu SENHOR.
Contudo, o discernimento espiritual de Maria estava sempre entrelaçado com seus sobressaltos, como quando, aos doze anos, Jesus se desgarrou da família, ao voltarem de Jerusalém (Lc 2.41-50), ou quando acabou o vinho no banquete de casamento (Jo 2.1-12), ou quando algo lhe dizia respeito durante o ministério dele (Mc 6.2-3; Lc 8.19), ou quando teve de assistir ao horror da crucificação. Mas Jesus sempre respondeu amorosamente às inquietações de sua mãe e, antes de morrer, teve um último gesto de ternura, ao deixá-la aos cuidados do apóstolo João (Jo 19.25-27).
Maria e José tiveram outros filhos. Ela, provavelmente, tenha ficado viúva logo cedo, mas isso não impediu que resplandecesse como esposa fiel e mãe dedicada. As aparições públicas de Maria aos pés da cruz (Jo 19.25) e orando após a ascensão do Senhor (At 1.12-14) mostraram ao mundo a sua coragem, e fizeram com que fosse marcada como “um dos seguidores dele”, o que a tornava alvo da perseguição aos cristãos, junto com todos os discípulos.
A desconhecida donzela da desprezada cidade de Nazaré da Galiléia (veja Jo 1.46) ilustra para sempre a natureza básica da feminilidade: transmitir à geração seguinte a mensagem da fidelidade de DEUS seja na criação de seus próprios filhos, ou desempenhando a tarefa de prover alimento espiritual além do círculo familiar.
Maria não foi apenas a mulher que DEUS escolheu, por sua soberana vontade, para dar à luz o Cristo Menino, mas foi também uma humilde e devotada seguidora e serva do Messias.

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[A Bíblia da Mulher, p. 1249 – Editora Mundo Cristão]

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Ainda sobre Maria... O cântico de Maria, mais conhecido como “Magnificat” (lit. “cântico de louvor”), é semelhante ao Salmo de Ana, proferido pelo nascimento de seu filho, o profeta Samuel (1Sm 2.1-10). Escrito em tom pessoal, o cântico de Maria exalta a fidelidade de DEUS no cumprimento de Suas promessas. A canção, também, glorifica a DEUS por Suas bênçãos sobre todos aqueles que se humilham diante DELE e O reconhecem como DEUS. אַ

Família

DEPRESSÃO INFANTIL
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Criança, ao contrário do que muitos pensam, também pode sofrer de depressão. Pode até mesmo cometer suicídio (caso não muito comum no Brasil, mas comum em outros países, como por exemplo, o Japão).
A depressão em crianças se manifesta por meio de características diferentes das encontradas nos adultos e adolescentes. Em geral, a duração da depressão em um adulto é de vários meses a dois anos—se não for tratada—e a época de seu início pode ser identificada.
Em estado de depressão, a criança apresenta melancolia, apatia e desânimo profundo que duram muitos anos. Na infância, não se trata de uma doença no sentido usual do termo, mas de um traço básico da personalidade da criança.
A criança deprimida encara o mundo por meio de “óculos escuros”, pois não tem a alegria e a atividade efervescente das crianças normais. Os gestos e as expressões faciais exibem tristeza e falta de entusiasmo. Muitos pais podem interpretar que seu filho(a) deprimido(a) é uma criança madura ou sóbria demais para a idade que tem, não considerando que, na verdade, ele(a) está com um sério problema. De fato, ele(a) possui poucos amigos, tem uma vida solitária e estabelece relações, especialmente íntimas, com grande dificuldade.
Algumas vezes, crianças deprimidas são levadas ao pediatra para tratar uma anemia inexistente ou tomar um fortificante porque está sempre desanimada. Talvez, observadores que não são da família a considerem uma criança bem quieta ou muito pacata. Em determinadas ocasiões, os pais a flagram chorando sozinha sem que ela saiba explicar a razão do choro. Em muitos casos, a criança deprimida sofre de insônia, tem uma opinião depreciada de si mesma e, na pré-puberdade, não se sente ajustada em relação a outras crianças. Além disso, a melancolia que sente—em muitos casos—é produzida por indiferença, irritabilidade crônica, críticas e censuras injustas e habituais, além da frieza geral com que são tratadas todos os dias por seus pais e outras pessoas desde o berço.
Há outro fator que pode explicar a depressão infantil: a criança sofrer ou ter sofrido abusos emocionais, físicos ou sexuais (infelizmente esta realidade é comum em muitos lares brasileiros). Por essa razão, os antidepressivos oferecem pouca ajuda, embora possam ser usados no contexto do tratamento. Nesses casos, o tratamento eficaz consiste em sessões de psicoterapia e aconselhamento (pastoral e psicológico) para os pais, em sessões de casal ou grupo, a fim de desenvolver novos tipos de relacionamento entre a criança e seus pais. Junto à psicoterapia, a ludoterapia (terapia por meio de brincadeira) deve ser conduzida com a criança. Nesse procedimento, o terapeuta tenta aumentar o amor próprio da criança e oferecer uma visão nova de seu valor como pessoa. A mobilização de outros membros da família (tais como tios, avós, primos) também pode auxiliar. Vale ressaltar que há outro dado que pode ajudar no esclarecimento do problema: o fato de haver caso de depressão na família. Por vezes, os pais rejeitam as sugestões de tratamento e culpam o filho pelo seu desânimo e falta de entusiasmo. “Por que ele(a) é assim, apesar de todas as vantagens e o lar seguro e bonito que lhe damos?”, questionam alguns pais. “Ele(a) deveria ser grato(a) e comportar-se melhor!”, pensam outros. “Quando eu era criança, não tive as oportunidades que ele(a) teve”, argumentam. Em alguns casos, por causa desse raciocínio, com o decorrer do tempo, pode haver uma cisão profunda e permanente entre pais e filhos. Os filhos precisam receber carinho, afeto, incentivo, valorização e bons exemplos de seus pais, ainda que eles (os pais) precisem discipliná-los muitas e muitas vezes. A disciplina é um ato de amor e um instrumento necessário e fundamental de educação e aperfeiçoamento do caráter do filho. Mas deve ser exercida com sabedoria, equilíbrio e amor. Os pais constantemente devem pedir a DEUS sabedoria e iluminação do Espírito Santo. Pais, o problema de depressão infantil é grave e deve ser levado a sério! Segundo pesquisas recentes, o suicídio de crianças antes dos dez anos tem aumentado preocupantemente nos últimos anos. As causas principais são o freqüente sentimento de desamor, negligência e solidão que elas experimentam. אַ
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[Dra Vilma Soares Carnevale é médica e membro da Igreja Metodista Livre em São José Campos - SP]

Vida Cristã prática

CONTROLE DO ESTRESSE E PAZ INTERIOR
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Em uma sociedade caótica, competitiva e consumista que vivemos, é cada vez mais comum o ser humano ficar estressado e apresentar problemas psico-emocionais (que geram desde diversas doenças físicas até sérios problemas sociais e de relacionamento), afetando todas as camadas sociais e faixas etárias. Mas, como os cristãos podem lidar corretamente com essa realidade? Por meio de orações, súplicas e ações de graça—que são decorrentes de uma vida verdadeiramente piedosa e de sincera comunhão com DEUS—se consegue “a paz que excede todo o entendimento” e que essa paz “guardará o nosso coração e a nossa mente” (Fp 4.6-7).
O desejo do ser humano por aceitação, status e posses pode criar tensões internas. Ao perceber que necessidades e desejos não podem ser alcançados, sentimos ansiedade, frustração e estresse. Como, então, não andar ansioso e deprimido ao se encarar tais situações?
Controlar o estresse, para um cristão, começa com a compreensão de si mesmo e com o conhecimento do que as Escrituras ensinam a respeito da natureza e do caráter de DEUS. Conhecer-se a si mesmo significa saber sobre sua natureza básica [que é pecadora], a potencialidade de sua força e o limite de sua fraqueza. Esta não é uma tarefa fácil, visto que a autodecepção impede o discernimento (Jr 17.9). Orgulho e independência podem bloquear a autoconsciência. Unicamente DEUS é quem pode nos dar a consciência de que precisamos (Jr 17.10). Somente ELE pode mostrar claramente onde mudanças são necessárias e produzir essa mudança na natureza humana básica (Sl 139.23-24). Uma compreensão da natureza de DEUS vem pela revelação de si mesmo nas Escrituras e em Cristo (Jo 1.14, 18). Se compreendermos e aceitarmos a imutável e perfeita natureza de DEUS, há estabilidade e paz em nosso interior (Ml 3.6; Hb 13.8). Compreendendo a qualidade do caráter DELE, há confiança (1Jo 1.5). Muito do estresse se dissipa quando admitimos nossa total dependência de DEUS e nos submetemos à liderança DELE (Sl 73.26; 1Pe 5.6-7), reconhecendo que estamos presos ao tempo e espaço por sermos criaturas finitas, enquanto DEUS, o nosso criador, é infinito, eterno e onipresente.
No Antigo Testamento, as palavras “confiança” e “segurança” são formas diferentes da mesma palavra hebraica. Isaías acrescenta o conceito de tranqüilidade: “na tranqüilidade e confiança” encontramos a nossa força (Is 30.15). Isaías também diz que “repouso e segurança” são efeitos da justiça (Is 32.17). No Novo Testamento, as palavras gregas traduzidas por “convicção” (Cl 2.2), “bem certo” (estar persuadido, Rm 8.38) e “bem definida” (opinião bem formada, Rm 14.5) transmitem a mesma idéia de palavras de sentido semelhante no Antigo Testamento.
A segurança não se baseia no otimismo e confiança quanto à própria capacidade; ao contrário, é uma paz interior baseada na justiça de DEUS que opera em nós. Não se trata de autoconfiança, pois isso seria uma garantia falsa e uma dependência em algo falível (Pv 14.16; Jr 9.23-24). A Bíblia afirma que aqueles que confiam na própria força (Is 30.12), beleza (Ez 16.15) ou justiça (Ez 33.12) são insensatos (Pv 28.26).
A verdadeira confiança—firmada na capacidade do Senhor e no relacionamento DELE com Seus filhos—é uma força tranqüila, que tem “grande galardão” (Hb 10.35-36); uma segurança eterna e plenamente satisfatória. אַ
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[A Bíblia da Mulher, p.p. 888 e 1513 - Ed. Mundo Cristão]
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“Cristãos não são poupados de sofrimentos, mas eles podem contar com a promessa de serem libertados do pecado e com a força interior fornecida pelo Espírito Santo, que habita neles, para viverem uma vida reta em Cristo e desfrutarem de Sua paz”.
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(Rondha H. Kelley)

Música

A MÚSICA NA IGREJA – Colossences 3.16
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Alguns ramos da fé Reformada, impacientes por proteger a Igreja de acréscimos da tradição humana, impressionados pela continuidade entre Israel e a Igreja e notando que os termos “salmos”, “hinos” e “cânticos” são usados no Livro dos Salmos, crêem que Paulo previu só o cântico dos Salmos do Antigo Testamento no culto público. Essa restrição, contudo, compreende mal o ensinamento de Paulo. Ele reúne os termos para realçar a ampla gama de expressão musical que o louvor a DEUS agradecido e profundamente sincero suscita do Corpo de Cristo. A palavra “salmos” se refere, no mínimo, ao uso do saltério do Antigo Testamento (Lc 20.42; 24.44; At 1.20; 13.33), mas pode também referir-se a novas composições para o culto (1Co 14.26). A palavra “espiritual” (pneumatikos [pneumatikos], no grego) qualifica o potencialmente secular termo “cântico” como sendo ensinado ou dirigido pelo Espírito Santo (cf. 1Co 2.6; 15.44-45). A obra redentora de Cristo provocou uma efusão de hinos de louvor por parte de seu povo, freqüentemente moldados segundo os cânticos do Antigo Testamento (p.ex., Lc 1.46-53, 67-79; 2.14, 29-32). Paulo pessoalmente usou a música na sua própria adoração de culto (At 16.25), e tem sido, desde há muito, observado que suas cartas contêm porções de hinos cristãos primitivos (Ef 5.14; Fp 2.6-11; Cl 1.15-20; 1Tm 3.16). Cânticos de louvor do Cristianismo primitivo também parecem subjazer em Jo 1.1-14; Hb 1.3; 1Pe 1.18-21; 2.21-25; 3.18-22. Os novos cânticos do Apocalipse são, em si mesmos, um estudo da qualidade vibrante do culto cristão primitivo (Ap 4.8, 11; 5.9-10, 12-13; 7.10, 12; 11.15, 17-18; 12.10-12; 15.3-4; 19.1-8; 21.3-4).
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[Bíblia Estudo de Genebra, p. 1427 - Ed. Cultura Cristã]
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CANTEMOS, O NATAL CHEGOU!
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Uma das datas mais importantes do Calendário Litúrgico é o Natal. Porque, nele, nós comemoramos o nascimento do nosso Salvador Jesus, o Filho de Deus. Junto com a celebração trazemos uma cultura teológica e musical (que pode ser representada através de Cantatas e Oratórios) em cultos ou audições especiais, usando coros, solistas, órgão, piano e (algumas vezes) orquestras, trazendo profunda inspiração religiosa para os membros da Igreja Cristã nessa festa tão importante. Dentro da Música e da Cultura Cristã Protestante, podemos destacar um importante compositor: George F. Handel (1685-1759) que compôs o Oratório de “O Messias”. Esta obra narra, em frases musicais (desde a profecia do livro de Isaías acerca do nascimento e morte do Senhor Jesus), trechos tão belos que são cantados até hoje em “Leituras Públicas” e torna o “Aleluiah” mais conhecido no mundo inteiro—obra que levou vinte e quatro dias para ser composta por esse homem que foi um instrumento de Deus para produzir uma das mais belas obras musicais. Louvemos a Deus! Louvemos de toda a nossa alma ao som de Handel, Bach, Mendhelson, Mozart e Beethoven! Cantemos o que esses grandes compositores escreveram! Suas peças—que encantam tanto a humanidade—foram criadas para engrandecer e adorar o nome de Deus. Não nos esqueçamos de apreciar os clássicos que fazem enobrecer a alma.
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[Alexandre Gomes Baltazar é membro da IPB e estudante de música Sacra e Clássica]
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Glossário:
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- Calendário Litúrgico: Contém as datas comemorativas cristãs baseadas em seus acontecimentos históricos.
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- Cantata: Peça litúrgica da Igreja Luterana, usada para dia específico do Calendário Litúrgico, para solistas, coro e orquestra.
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- Oratório: Drama ou história religiosa, sem encenação ou representação, para solistas, coro e orquestra.
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- Leitura Pública: É a apresentação do Oratório de “O Messias”, de Handel, e há participação pública de todos os presentes no local. אַ

Cartas

UPH INFO: A revista está SUPER! Já li a 2º edição e está muito boa! Por favor, transmita a todos da equipe os meus parabéns! Está uma benção! Com diversos assuntos, é um veículo importante de informação, curiosidades, utilidade pública, e, o que é melhor, com o foco cristão! Estou adorando e orando para que Deus abençoe este belo e importantíssimo trabalho! Que o Senhor os sustente! (Anônimo, por e-mail)
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UPH INFO: tem me abençoado muito e ficaria muito triste em não ter mais essa fonte abençoadora de informações! Está maravilhoso. Parabéns!
(Anônimo, por e-mail)
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MANIFFESTO CRISTÃO: Quanto à enquete (“Evangélicos Chilenos fazem campanha contra prostituição no país”, edição nº 2), creio estarem certos aqueles irmãos chilenos, apesar de complexa a situação—dada a localidade daquela Igreja na zona de prostituição e a exposição dos recém convertidos, mulheres e crianças a todo aquele ambiente, etc—considero que eles estão sendo ousados por pregarem o Evangelho nos prostíbulos e, apesar dos protestos dos diretamente atingidos, tenho certeza que Deus está aprovando o trabalho deles. Poderia dizer que eles estão na comissão de frente da batalha, estão indo onde o inimigo está agindo com maior poder e alcance. As almas daqueles perdidos precisam desta ousadia. Ah se muitos de nós brasileiros tivéssemos metade da ousadia daqueles queridos! Apesar de polêmicos, creio que estão sendo estritamente bíblicos!
(Anônimo, por e-mail)
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BLOG: Paz e Graça! Muito agradecido por ter colocado o link do “Notícias Cristãs” em seu BLOG. Dê uma passadinha no Notícias Cristãs para ver o seu link lá também! (Márcio Melânia, do Notícias Cristãs, pelo BLOG)
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Lindo (o BLOG) Parabéns Vladimir, Héber e Haroldo pela iniciativa e pelo trabalho realizado! Que Deus abençoe vocês, pois a obra é Dele! (Mirley, pelo BLOG)
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UPH INFO e BLOG: Olá irmãos de S. Miguel, estamos aqui do outro lado da cidade prestigiando também o trabalho desta sociedade, que o Senhor os abençoe! (Enilson, UPH da IPB Betel, pelo BLOG) אַ
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ABORTO: A todos que compreendem o valor da vida humana: Domingo, dia 7 de outubro de 2007, a Folha de São Paulo anunciou em reportagem anunciada na primeira página que o Datafolha constatou que nos últimos anos aumentou de 61% para 71% o número dos brasileiros que acham que a prática do aborto é "muito grave" e que hoje apenas 3% dos brasileiros pensam que o aborto é moralmente aceitável. A notícia repercutiu fortemente na própria Câmara dos Deputados. Quarta feira, dia 10 de outubro de 2007, realizou-se no Plenário 7 da Câmara dos Deputados a terceira audiência pública para debater o Projeto de Lei conhecido como Substitutivo do PL 1135/91, elaborado pelo governo Lula, que extingue totalmente a figura do crime de aborto do Código Penal, legalizando esta prática para qualquer caso, por qualquer motivo, durante todos os nove meses da gestação, desde a concepção até o momento do parto. O Deputado Luiz Bassuma questionou contundentemente o projeto, citando a reportagem publicada em destaque pela Folha de São Paulo, cujo conteúdo está sendo amplamente divulgado pelos grupos pró-vida, como se pode ver pela mensagem abaixo que está circulando pela Internet: "87% DOS BRASILEIROS E BRASILEIRAS DECLARARAM QUE O ABORTO É MORALMENTE INCORRETO; SOMENTE 3 % DIZEM QUE O ABORTO É MORALMENTE ACEITÁVEL". E agora vem o mais importante: EM 1998 61% DOS BRASILEIROS DIZIAM QUE O ABORTO ERA ALGO "MUITO GRAVE". HOJE, EM 2007, 71% DECLARAM QUE O ABORTO É "MUITO GRAVE". Portanto, os brasileiros depois de todos estes debates, estão ampliando seu nível de consciência e de educação. Vamos fazer a nossa parte para que o Brasil seja um país sem aborto, sem ter jamais a legalização da morte! O áudio do pronunciamento completo do deputado Bassuma na Câmara encontra-se no endereço: http://imagem.camara.gov.br/internet/audio/mp3/T00011028p65p69124919.mp3. O Brasil está sendo pressionado pelas Nações Unidas e por Fundações Internacionais para legalizar o aborto a qualquer custo. Como denuncia o deputado Bassuma, esta pressão faz parte de um programa iniciado em 1952 para implantar o controle populacional em todo o mundo, mesmo se, com isto, violarem os direitos humanos mais elementares. A sobrevivência do ideal democrático, no qual os cidadãos participam ativamente do governo, depende do grau de consciência acerca destes problemas de cada um dos cidadãos. Isto exige muita informação, leitura, reflexão e discussão por parte de todos. Agradecemos a todos os que receberem esta mensagem pelo imenso bem que estão ajudando a promover.
(Alberto R. S. Monteiro, por e-mail) אַ
Você sente um vazio em sua alma? Tem procurado se divertir e fazer de tudo um pouco, mas o vazio continua? Sua vida parece estar sem sentido? Anseia por uma palavra verdadeiramente amiga e de esperança? Você busca encontrar a paz genuína?

ENTÃO, NÃO PERCA TEMPO!
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Ligue: 6154-5541
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Neste fio também passa esperança.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Editorial

Em certa revista pertencente a uma denominação evangélica neopentecostal, consta a seguinte matéria:
“Mais de dez mil pastores assinaram uma carta na qual afirmam acreditar na teoria evolucionista de Darwin. O documento, denominado Clery Letter Project (Projeto Carta dos Clérigos), exorta os diretores de escolas norte-americanas a preservarem a integridade do currículo de ciências pela afirmação do ensino da teoria da evolução como componente central do conhecimento humano. Os signatários do documento—líderes de igrejas metodistas, episcopais e presbiterianas, dentre outras—rejeitam a interpretação literal da história da criação narrada no livro de Gênesis e apóiam a iniciativa do biólogo Michael Zimmerman, fundador do projeto e administrador da Universidade de Winsconsin-Oshkosh, nos EUA. De acordo com Zimmerman, o apoio desses líderes representa um divisor de águas na busca da compatibilidade entre ciência e religião. Esses dez mil clérigos estão dizendo que o desenho inteligente e o criacionismo não são apenas uma má ciência, tal como definiu a comunidade científica mundial, mas também uma má religião, pois não é coerente com a visão de sua fé, destaca Zimmerman, que, no entanto, não explicou a que ‘ fé’ ele se referia. O fundador do projeto também afirma que a teoria da evolução é compatível com a interpretação das Escrituras e a fé dos líderes cristãos que assinaram o documento”.
A matéria é assinada por Cléber Nadalutti, que em nenhum momento cita o endereço do site onde foi publicado o tal documento tido como referência para que se pudesse ter acesso à sua íntegra e, assim, fazer uma análise mais precisa e segura de seu conteúdo. Mas o que chama a atenção na matéria (além do fato de haverem líderes cristãos que supostamente apóiam a teoria evolucionista de Darwin) é o destaque que Nadalutti faz dos “darwinistas crentes” serem “de igrejas metodistas, episcopais e presbiterianas” não citando nominalmente, também, as “outras” envolvidas, dando clara impressão a seus leitores que aquelas denominações, em especial, apóiam os darwinistas, induzindo-os a terem uma concepção deturpada das mesmas. Se for fato que aqueles pastores têm essa concepção herética, é certo que não falam em nome de suas denominações nem tampouco as representam. Assim, é de se estranhar que Nadalutti não informe a localização exata do site que contem o documento fonte de sua matéria para que se verifique se o seu conteúdo corresponde fielmente às informações dadas por ele. E se o artigo não teve a intenção de denegrir as denominações citadas nominalmente nem quis ser capcioso, oportunista e desrespeitoso, a forma como as abordou foi imprudente e inconseqüente. A Bíblia nos adverte categoricamente que nos “últimos dias sobrevirão tempos difíceis” devido a Igreja ser atacada e atribulada por falsos mestres e falsos crentes (2Tm 3.1—4.5). O Senhor Jesus disse que a única forma de eles serem reconhecidos é através de “seus frutos” (Mt 7.15-23); que a igreja seria mista, composta por “joio” e “trigo” (Mt 13.24-30). Paulo nos alertou que, antes da segunda vinda do Senhor Jesus, virá a “apostasia” (2Ts 2.3). Por isso, o Senhor Jesus indaga: “quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lc 18.8b). Portanto, devemos corrigir escândalos e combater as heresias que surgirem no meio da Igreja com toda firmeza; mas também com toda cautela, prudência e ética—apesar da tristeza, danos e estragos que causam—para não correr o risco de fazermos julgamentos e condenações equivocadas antes de se ter, primeiro, informações verdadeiras, confiáveis e incontestáveis do caso (dadas por fontes absolutamente idôneas), principalmente quando se referirem a irmãos em Cristo (de nossa ou de outra denominação). Pois, como disse Jesus: “é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles vêm! Melhor fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho e fosse atirado no mar, do que fazer tropeçar a um destes pequeninos” (Lc 17.1-2). E, ainda: “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (1Co 10.12) אַ
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“O jornalista e irmão em Cristo, Cleber Nadalutti, enviou um e-mail de repúdio e esclarecimento acerca do editorial acima. Foi-lhe enviada a devida retratação. Cleber Nadalutti é, como cristão e jornalista, um homem idôneo e de valor e em nenhum momento este editorial teve como intenção ofendê-lo ou questionar a sua fé, ou duvidar da idoneidade da Revista Graça/Show da Fé de quem é editor”.
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Vladimir Neiman
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Editor do UPH INFO BLOG

O Cristão e a Sexualidade

O que é biblicamente correto no relacionamento sexual?
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O que a Bíblia permite que um casal evangélico faça “entre 4 paredes”? Dentre as diversas práticas sexuais, quais seriam lícitas para o cristão? É-me lícito ir com minha esposa ao motel? O que o jovem que está namorando deve saber para, no futuro casamento, ser obediente ao Senhor e ter um comportamento sadio no relacionamento sexual? Estes são alguns exemplos das muitas dúvidas sobre sexo que o povo de DEUS tem. O fato é que sexo é tabu para muitos cristãos, até porque, com raras exceções, pouco se fala sobre o assunto com profundidade nas Igrejas. Abaixo apresentamos algumas opiniões a respeito, dadas por especialistas cristãos no assunto. As posições apresentadas são de foro íntimo de cada participante e podem não refletir o pensamento de uph info.
Segundo o Pastor Adival Vale, 73 anos, da Igreja Nova Peniel, Tijuca – Rio de Janeiro, “o sexo foi criado por DEUS para a procriação e a multiplicação da espécie antes da queda de Adão e Eva e da presença do pecado no ser humano. Quanto ao sexo oral e anal, é totalmente extrabíblico, incompatível com a consciência cristã. O casal evangélico deve evitar essas práticas”.
Mas para o Pastor Mauro Israel Moreira, 58 anos, da 1ª Igreja Batista de São Gonçalo, com quatro mil membros, “quanto a certas práticas sexuais, a Bíblia nos traz princípios. Em Provérbios 30.18 e 19, percebo que existe um momento de intimidade entre um homem e uma mulher que tem de estar protegido pelo princípio da confidencialidade. Será que a Igreja tem o direito de legislar sobre essa intimidade quando nem mesmo a Bíblia o faz? Tem o direito de dizer o que pode e o que não pode fazer?”, questiona. Com 30 anos de ministério, acostumado a lidar com o assunto em seus aconselhamentos, o Pastor Mauro Israel destaca que o problema do sexo é mais profundo porque nossa sociedade mascarou a afetividade. “Não é bom dizer: ‘estamos carentes, precisando de atenção e carinho’. Então, busca-se satisfazer as carências no sexo. Se houvesse mais afeto, o ser humano não seria tão voluptuoso. Há casais que só trocam carícias no momento do sexo. Isso não é uma atitude normal”, opina. “Não vou generalizar, mas, com muita freqüência, vejo meninas que, por carência de afeto, entregam-se a homens aproveitadores que somente desejam explorá-las sexualmente”. O Pastor Mauro Israel também destaca que atualmente a Igreja pouco tem influenciado a sociedade nesse sentido; pelo contrário, ela é que tem sido influenciada por ela: “Infelizmente a Igreja tem deixado a desejar, porque de alguma maneira a pregação evangélica hoje tem sido afetada pelo consumismo, pelas leis de mercado, pelo que dá Ibope e é agradável aos outros. Agindo assim, deixa de ter voz profética e perde a relevância”, ressalta.
Para o médico, patologista clínico, terapeuta de família, especialista em DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e membro da Igreja Metodista Central em Niterói – RJ, Jairo Rocha, 56 anos, o maior problema é a falta de informação e o pouco diálogo sobre o assunto dentro das famílias, agravando as dúvidas existentes entre os solteiros, adolescentes e jovens cristãos. Muitos, por exemplo, questionam a obediência a DEUS no sentido de se guardarem sexualmente para o casamento. Outros tentam reprimir tudo o que possa lembrar ou levar ao sexo, sem buscar aconselhamento pastoral, familiar ou profissional. “A válvula de escape para muitos jovens consiste em praticar muito esporte para gastar a energia acumulada. Mas não são poucos os casos de jovens e adolescentes crentes que recorrem à masturbação e à pornografia como instrumentos de ‘alívio’ ”, explica. Para a estudante “Maria” (nome fictício para preservar a identidade da jovem), 23 anos, freqüentadora da Casa de Oração em um bairro do Rio de Janeiro, “a questão sexual é complicada para mim porque meu namorado não é evangélico. Nem sei ainda se vou casar com ele. Não me relaciono sexualmente. Pretendo fazer isso somente após o casamento. Aí sim, não terei censura em relação ao sexo”. Para Jairo Rocha, os jovens não devem ter, em hipótese alguma, relação sexual antes do casamento porque a Bíblia define sexo antes do casamento como prostituição. Para fundamentar ele cita 1Coríntios 7.2. “A Palavra de DEUS diz que, por causa da prostituição, cada um deve ter sua própria mulher e seu próprio marido. Ezequiel 23.3 diz que o simples tocar no seio de maneira erótica (entende-se o tocar no seio de uma mulher que não seja esposa) já é prostituição, uma das obras da carne de Gálatas 5.19-21”, lembra Jair que cita novamente a Bíblia ao ser indagado sobre a prática do sexo anal. “1Coríntios 6.10 condena isso. Como médico posso dizer que há malefícios tanto para o ativo quanto para o passivo. Para o ativo, ocorrem infecções uretrais de repetição, prostatite e infecção nos testículos, podendo causar a esterilidade. Para o passivo, há o relaxamento do ânus com diminuição da função contrátil, surgimento de hemorróidas e aumento do risco de contaminação pelo HIV por meio da absorção do vírus pela mucosa”, ensina. Indagado sobre sexo oral, Jairo diz que a Bíblia não é explícita. “Particularmente penso que as carícias nas áreas erógenas, utilizando-se a cavidade oral, faz parte do jogo amoroso do casal. No entanto, a ejaculação dentro da boca é anti-higiênica, assim como a absorção do fluxo vaginal. Esses fluxos podem conter germes e ocasionar contaminação”, conclui.
Para o Pastor Jaime Kemp, 68 anos, pastor da Igreja Batista do Morumbi, que há mais de 35 anos se dedica ao ministério de aconselhamento de casais e tem livros publicados acerca do tema, além de ser para procriação, sexo representa prazer, lazer e felicidade no casamento. “A Bíblia não é moralista como nós somos e trata do sexo com naturalidade e santidade. ‘Digno de honra entre todos seja o matrimônio bem como o leito sem mácula, porque DEUS julgará os impuros e os adúlteros’ (Hb 13.4). Para DEUS, o que um casal faz no leito matrimonial é santo e puro—o leito só se torna contaminado com o adultério. Muitos distorcem essa passagem. O sexo foi criado por DEUS, não somente para a multiplicação como muitos pensam; mas também para o lazer, prazer e felicidade do casal. Já ouvi muitos líderes religiosos falarem muita bobagem a respeito da sexualidade, como por exemplo: ‘quanto menos relação sexual o casal tiver, mais santo se tornará’. Alguns definem o número de relação sexual que o casal deve ter por mês e muitos vêem pecado até nas posições sexuais. Nós, líderes, temos de respeitar o foro íntimo de cada casal. Podemos dar orientação sobre como melhorar o relacionamento, mas não podemos interferir na intimidade. A menos que haja doenças ou aberrações (como taras sadomasoquistas, pornografia e violência, dentre outras) o casal deve ter liberdade para descobrir sua caminhada sexual num diálogo franco, aberto e santo. A pergunta mais comum nos encontros de casais é sobre a prática do sexo anal. A Bíblia não é explícita nesse assunto. Ela fala da abominação da ‘sodomia’; em Romanos 1, lemos sobre o uso anti-natural dos homens e das mulheres, texto que fala contra o homossexualismo. A medicina desaconselha o sexo anal por várias razões: contaminação, disfunção, etc. Os casais o praticam por terem aprendido com a pornografia que, por sua vez, gera neles uma curiosidade pecaminosa. O assunto é muito delicado. Pessoalmente não recomendo. Aconselho os casais a variar o tipo de posição, porém sendo (e mantendo sempre) relação vaginal”, conclui. אַ

Culto ao corpo

Corpo é o maior símbolo de status dos brasileiros
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O corpo é o mais importante capital na cultura brasileira, segundo pesquisa da antropóloga social Mirian Goldenberg, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). A estudiosa, que acaba de concluir a primeira fase de sua pesquisa sobre a construção social do corpo no Brasil, apresentou os resultados parciais no 1º Encontro de Mulheres Contemporâneas, realizado dia 19/09/2007 em São Paulo. Goldenberg entrevistou 835 mulheres e 444 homens, entre 17 e 50 anos, da classe média carioca. Ao questionar o que as pessoas mais “invejam” umas das outras, o corpo apareceu em todas as respostas, inclusive entre pessoas do mesmo sexo.
O corpo é o personagem principal também ao se questionar o que os atrai mais no sexo oposto. “Mas não é qualquer corpo; é o corpo malhado, esculpido. Esse é o principal símbolo de status social para os brasileiros”, diz a pesquisadora.
O pior: o corpo considerado ideal atualmente no país segue os padrões europeus—no caso das mulheres, o padrão é do tipo magra, alta, cabelos lisos e loiros, seios grandes como a modelo Gisele Bündechen; os homens têm que ser altos, fortes, com tórax largo. Este é o biótipo de que os brasileiros consideram mais atraentes. Ao analisar 888 anúncios de encontro nos classificados dos jornais, Goldenberg constatou que a maioria das descrições—de mulheres e homens—sobre si próprios falava apenas do corpo. Todas se descreviam como magras e os homens como altos. “Além de conferir poder, é por meio do corpo que os brasileiros ascendem socialmente e se destacam fora do país”, diz a pesquisadora que cita Gisele Bündechen e Ronaldinho como principais ícones brasileiros no exterior, pois, segundo ela, ambos ganham a vida por meio do corpo.
Para ela, a boa forma virou o maior símbolo de moralidade no lugar do que já foi o bom caráter. Também virou grife que distingue o indivíduo como superior e civilizado. “Quem não tem boa forma é considerado desleixado”, conta. “A obsessão com o corpo vale para qualquer idade”. A pesquisadora comparou a cultura brasileira com a alemã e concluiu que, enquanto no Brasil avós de 70 anos e mães de 50 querem se parecer com suas jovens de 20, na Alemanha uma mulher “madura” que pareça ter 20 anos é considerada ridícula. “Lá, são as filhas que querem se parecer com as mães, na roupa e no corpo. Espera-se que uma mulher madura valorize o intelecto, não o corpo”, conclui. אַ
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(Fonte: Publi Metro)
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TRISTE REALIDADE: OS RECORDES DA MULHER BRASILEIRA
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• A mulher brasileira é líder no mundo no consumo de remédios para emagrecer e moderador de apetite;
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• 63% das brasileiras querem fazer plástica contra 25% das norte-americanas;
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• O Brasil é o maior consumidor de tintura loira do mundo;
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• A brasileira é a segunda maior consumidora de cirurgia plástica no mundo;
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• O Brasil é o segundo maior consumidor de perfumes no mundo;
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• As brasileiras são consideradas as mulheres mais sensuais e uma das sexualmente mais liberais do mundo.

Cultura cristã e informação

LIVROS
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NOVA BÍBLIA DE ESTUDO ALMEIDA
Sociedade Bíblica do Brasil.
Nesta nova edição da Bíblia de Estudo Almeida, foram incluídos o Dicionário com 5.615 verbetes, uma concordância bíblica com 3.838 palavras e 22.404 versículos, e muitos outros recursos fundamentais para o estudo mais profundo da Bíblia.

DEUS É SOBERANO
A. W. Pink – Ed. FIEL.
De maneira profunda e fiel, o autor faz um reexame e nova apresentação da onipotência, suficiência, governo e soberania de DEUS. O livro proclama vigorosamente que o coração e mente humana não encontram lugar de descanso satisfatório senão no firme conhecimento de que DEUS está entronizado... “A paz se acha onde DEUS é DEUS!” אַ
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BÍBLIAS RARAS
William Hurd Scheide, um velhinho rabugento de Nova Jersey (EUA), continuaria sendo mais um colecionador excêntrico e desconhecido não fosse o fato de ter conseguido realizar uma façanha no mundo dos antiquários: reuniu os quatro primeiros exemplares impressos da Bíblia. Sua última aquisição foi a Bíblia de Mentelin, impressa em Estrasburgo (anexada à França em 1919), no ano de 1466, pelo tipógrafo
alemão Johann Mentelin. O exemplar é considerado uma obra de arte:
tem acabamento em ouro nas iluminuras (arte das letras capitulares) e
belíssimas ilustrações de animais e flores. A coleção de Scheide inclui
outras três Bíblias alemãs, inclusive um exemplar da Bíblia de Gutenberg,
impressa em 1455. As quatro preciosidades estão devidamente
guardadas em uma redoma de vidro, na biblioteca particular de
William Scheide, na Universidade de Princeton (EUA).
De acordo com especialistas, o feito de Scheide é excepcional por dois motivos: apenas o rei George III e um ancestral da princesa Diana haviam conseguido juntar a coleção inteira antes, e, pela primeira vez, essas quatro edições estão reunidas em um país do Novo Mundo.
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(Fonte: The New York Times / Book Magazine). אַ

Notícias da IPB

MANIFESTO
Mensagem do rev. Roberto Brasileiro sobre aborto e hemofobia
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Na qualidade de Presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, diante do momento atual em que as forças organizadas da sociedade manifestam sua preocupação com a possibilidade da aprovação de leis que venham labutar contra a santidade da vida e a cercear a liberdade constitucional de expressão das igrejas brasileiras de todas as orientações, venho a público MANIFESTAR quanto à prática do aborto e a criminalização da homofobia.
I – Quanto à prática do ABORTO, a Igreja Presbiteriana do Brasil reconhece que muitos problemas são causados anualmente pela prática clandestina de abortos, trazendo a morte de muitas mulheres jovens e adultas. Todavia, entende que a legalização do aborto não solucionará o problema, pois o mesmo é causado basicamente pela falta de educação adequada na área sexual, a exploração do turismo sexual, a falta de controle da natalidade, a banalização da vida, a decadência dos valores morais e a desvalorização do casamento e da família. Visto que:
1. Deus é o criador de todas as coisas e que, como tal, somente ELE tem direito sobre nossas vidas;
2. Ao ser formado o ovo (novo ser), este já está com todos os caracteres de um ser humano, e que existem diferenças marcantes entre a mulher e o feto;
3. Os direitos da mulher não podem ser exercidos em detrimento dos direitos do novo ser;
4. O nascituro tem direitos assegurados pela Lei Civil brasileira e sua morte não irá corrigir os males já causados no estupro e nem solucionará a maternidade ilegítima.
Por sua doutrina, regra de fé e prática, a Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE CONTRA A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO, com exceção do aborto terapêutico, quando não houver outro meio de salvar a vida da gestante.
II – Quanto à chamada LEI DA HOMOFOBIA, que parte do princípio que toda manifestação contrária ao homossexualismo é homofóbica e que caracteriza como crime todas essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil REPUDIA a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre o homossexualismo como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de DEUS, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos. Visto que:
1. A promulgação da nossa Carta Magna em 1988 já previa direitos e garantias individuais para todos os cidadãos brasileiros;
2. As medidas legais que surgiram visando beneficiar homossexuais, como o reconhecimento de sua união estável, a adoção por homossexuais, o direito patrimonial e a previsão de benefícios por parte do INSS foram tomadas buscando resolver casos concretos sem, contudo, observar o interesse público, o bem comum e a legislação pátria vigente;
3. A liberdade religiosa assegura a todo cidadão brasileiro a exposição de sua fé sem a interferência do Estado, sendo a este vedada a interferência nas formas de culto, na subvenção de quaisquer cultos e ainda na própria opção pela inexistência de fé e culto;
4. A liberdade de expressão como direito individual e coletivo, corrobora com a mãe das liberdades—a liberdade de consciência—mantendo o Estado eqüidistante das manifestações cúlticas em todas as culturas e expressões religiosas de nosso país;
5. As Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil firma suas crenças e práticas, ensinam que DEUS criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação; e que Jesus Cristo ratificou esse entendimento ao dizer: “...desde o princípio da criação, DEUS os fez homem e mulher” (Marcos 10.6); e que os apóstolos de Cristo entendiam que a prática homossexual era pecaminosa e contrária aos planos originais de DEUS (Romanos 1.24-27; 1Coríntios 6.9-11).
Ante ao exposto, por sua doutrina, regra de fé e prática, a Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE CONTRA A APROVAÇÃO DA CHAMADA LEI DA HOMOFOBIA, por entender que ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia; por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas as orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.
Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil não pode abrir mão do seu legítimo direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo. אַ

Ponto de vista & opinião

O Pastor Antônio Alves da Fonseca, presidente do Instituto Cristão de Pesquisas – ICP, ao ser perguntado se a série literária Harry Porter pode influenciar jovens e adolescentes à bruxaria, deu a seguinte resposta:
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“Tenho muito cuidado no trato desse tema. A literatura deve ser incentivada, ainda mais em um país (Brasil) onde o índice de leitura é um dos menores do mundo. Afirmar que este ou aquele livro é responsável por isso ou aquilo me parece ser algo leviano. Prefiro pensar que a bruxaria e o ocultismo aumentam por causa do espírito do anticristo, que já está neste mundo, e ele sempre terá como seus agentes livros, filmes, pessoas, instituições, governos e até mesmo igrejas. Nenhuma leitura é tão proveitosa quanto a Palavra de DEUS e é disso que nossos jovens precisam: ler a Bíblia! Sempre ler a Bíblia a despeito de outras leituras”.
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Ricardo Rodriguez, cantor evangélico cubano, durante entrevista quando veio ao Brasil em uma turnê, deu a seguinte opinião:
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“Sou contra a música evangélica descartável voltada apenas para o entretenimento e motivada pelo dinheiro. Meu desejo verdadeiro é escrever e criar canções que serão uma bênção para as pessoas daqui a 10, 20 ou 30 anos. Não pretendo fazer músicas que são consideradas muito boas hoje, mas que daqui a um ano já desapareceram. Em minha opinião, a igreja evangélica carece de pessoas mais compromissadas com DEUS. Atualmente, temos muitas pessoas interessadas apenas em divertir o público. Precisamos de cantores que realmente queiram ministrar e compartilhar por meio da música, com coração genuíno e sincero, o que DEUS tem-lhes feito. Acredito que é importante trabalhar e ganhar dinheiro, mas isso não é o essencial para o cristão. Gosto de falar do Amor de DEUS e compartilhar com as pessoas do que ELE tem feito em minha vida, através de minhas músicas. Essa é a minha paixão e maior luta”.
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A cantora e dançarina Gretchen, desde que anunciou sua conversão a Cristo, já posou nua por pelo menos duas vezes. Ao ser questionada se sua atitude era correta diante de DEUS, disse:
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“Eles (os evangélicos) sabem que não podem julgar as pessoas. Meu pastor não é a favor de que eu pose nua, mas não interfere. Em tudo que faço, peço a orientação de DEUS. Se isso [ posar nua] não fosse da vontade dELE eu não teria conseguido o contrato para fazer as fotos. Minha igreja é moderna e meu pastor não faz qualquer restrição ao meu trabalho. O fato de ter posado nua, as vezes me causava desconforto. Sentia-me incomodada. Entretanto, quando isso acontecia, eu me ajoelhava, pedia perdão a DEUS e ficava tudo bem”.

Família

Preocupação: a paralisia da fé
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“Não se atemoriza de más notícias; o seu coração é firme, confiante no SENHOR. O seu coração bem firmado, não teme...” (Salmo 112.7-8a).
Geralmente as palavras “cuidado”, “preocupação” e “ansiedade” revelam atitudes erradas na vida de um cristão.
Quando a Bíblia fala de temor ela se refere à postura de reverência a DEUS em virtude de Sua santidade, grandeza, poder e justiça (Is 8.13; Ec 12.13-14); o cuidado só é positivo quando é um gesto que demonstra zelo com os outros (1Co 12.25-26; 2Co 11.28). Entretanto, ser zeloso e estar ansioso são coisas bem diferentes.
Preocupar-se é uma conduta sempre errada quando paralisa a fé ativa na vida do cristão e contamina a família (Hb12.15). Aos nos preocuparmos, assumimos responsabilidades que não foram dirigidas a nós. Jesus repetidamente ensinou: “não se preocupe” (do grego merimneo [merimneó], lit. “dividir a mente”), mesmo em relação às coisas básicas da vida (Mt 6.25-30).
A preocupação divide a mente entre pensamentos úteis e fúteis. E preocupar-se não altera absolutamente nada da situação (Mt 6.27); serve apenas para desviar o nosso olhar da graça, providência e fidelidade de DEUS, cegando-nos e nos levando a pensar, com desespero, somente nas coisas desta vida (Mt 6.31-33; Lc 9.22-25; Cl 3.1-2). A preocupação sufoca a esperança e gera um sentimento destruidor, que corrói nossa energia e tenta elevar a força humana acima da força de DEUS e dos SEUS planos (Jr 17.5-8; Rm 9.16). Fontes de preocupação incluem mudanças e atitudes precipitadas (Pv 19.2), falta de entendimento e falta de controle na vida familiar e pessoal, gerando angústias, desespero e revolta (Pv 19.3). Embora os filhos de Israel tenham visto DEUS abrir o mar Vermelho (e fazer tantos outros milagres), eles não creram que ELE providenciaria água no deserto para suprir suas necessidades. A preocupação é o oposto da fé—ela provoca o medo que exclui a fé. E o ato de preocupar-se sugere que DEUS não é digno de confiança, nem capaz de cuidar de nossa vida e suprir nossas necessidades (Fp 4.6-7). Portanto, no juízo final, os “covardes” estarão ao lado dos “incrédulos” (Ap 21.8). Ao associar preocupação com descrença, as Escrituras providenciam retorno à fé completa (Hb 10.35-39, 11.6, 13.5-6). O caminho que vai da preocupação à fé começa com o reconhecimento do pecado e a confissão da falta de fé (Sl 139.23-24; 1Jo 1.9); continua com a libertação (Sl 34.4, 6) e termina com a segurança de que absolutamente nada pode nos separar do amor de DEUS (Rm 8.31-32, 35-39). No lugar de ansiedade, devemos oferecer ações de graça com o coração alegre: restabelecido e confiante em DEUS (Sl 116; Sl 122; Fp 4.4-13; etc.).
A Preocupação Gera Sofrimento e Tristeza na Família
DEUS sabe que sofremos quando estamos com o coração partido (Jo 11.19, 31-35). A dor, quando não é exprimida, muitas vezes causa enfermidades (emocionais e físicas) complexas. A libertação do sofrimento e a felicidade familiar só são conseguidas quando se apresenta a situação a DEUS para que, dela, ELE produza frutos em seu benefício (Jo 7.37-38). Quando Jesus usou as palavras do profeta Isaías para retratar a si mesmo e seu papel messiânico, incluiu a substituição dos sinais de sofrimento— cinza, pranto e espírito angustiado—por sinais de vitória: beleza, alegria e vestes de louvor (Is 61.1-3; Lc 4.18-21). Jesus identifica-se com o seu coração angustiado, porque na sua encarnação foi “um homem de dores e que sabe o que é padecer” (Is 53.3). Ele entende quando você sofre (Is 53.4). Jesus chorou (Jo 11.35) e, em momentos de extremo sofrimento, exprimiu abertamente suas tristezas, ansiedades e temores a DEUS (Mt 26.39; 27.46). O pesar familiar não está restrito à morte de um ente querido. Dele também faz parte o esfacelamento de algo que consideramos seguro, como o casamento, bens, emprego, saúde, relacionamentos e finanças. Os cristãos devem lembrar que o sofrimento não é eterno. Ele é sempre curado quando se experimenta e se confia na infalível GRAÇA de DEUS! (Rm 8.28) אַ

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Missão caiuá

Missão Evangélica Caiuá
"A serviço do Índio para a Glória de Deus."
Sua História (primeira parte)
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“Em 1921, o Rev. A. S. Maxwel, da ‘East Brasil Mission’, já impressionado com o problema dos índios, visitou aldeamentos no Paraná. Foi em companhia do Rev. Manuel de Brito. Embora curiosa, foi viagem apenas de exploração. O Rev. Maxwel parece não ter jamais tirado de sua cabeça e de seu coração a idéia de trabalhar entre os índios”.
“Sua luta primeira não foi entre os índios. Foi nos concílios das igrejas, ou junto aos seus representantes, pois importava interessar outros muitos a fim de que se formasse uma Sociedade Missionária. Além da ‘East Brasil Mission’, à qual pertencia Maxwel, entraram como constituintes dela, outras entidades: as duas Igrejas Presbiterianas (Presbiteriana do Brasil e a Independente); a Metodista, a Episcopal... Maxwel fez esse trabalho: Levava retratos aos concílios e fazia exposições.
‘Com o nome de Associação Evangélica de Catequese dos Índios fica organizada, na cidade de São Paulo, Estados Unidos do Brasil, uma associação... ’
Em 1929, seguiram para Dourados, Mato Grosso, o seguinte corpo missionário: Prof. Esthon Marques, da Igreja Presbiteriana Independente; Dr. Nelson Araújo, médico, da Igreja Metodista; agrônomo João José da Silva, esposa e filho, da Igreja Presbiteriana do Brasil; e o Rev. A. S. Maxwel e senhora”.
Em 1930, os cultos contam com a presença de vários índios atraídos principalmente pelas músicas. A esposa do Rev. Maxwel acompanhava as músicas tocando em um órgão portátil. Nesse tempo (1930), freqüentavam a Escola Dominical 40 pessoas civilizadas; nesse mesmo ano a Missão começou a ensinar alguns hinos em guarani.
Nesse mesmo ano um rapaz índio ficou hospedado na casa do pastor Maxwel e ficou interessado nos cânticos. Quando retornou para casa contou a seus parentes que os missionários estavam cantando na língua dos índios.
No domingo seguinte, um grupo de Caiuás apareceu bem cedo na casa do missionário para ouvir os cânticos na sua própria língua. Assim começou a Escola Dominical da Igreja Evangélica Caiuá.
O Rev. Maxwel retirou-se para os Estados Unidos onde faleceu. Mas a obra prosseguiu, principalmente graças ao casal Andrade que iniciou na Missão um trabalho voltado para as crianças. Por isso criou o orfanato. O Nhãnderoga (que significa “nosso lar”) teve seu início num ranchinho de sapé. Graças à generosidade de cristãos, construiu-se uma casa de tábuas, onde eram abrigados os caiuazinhos. Ao lado dela, a Missão deu assistência escolar aos indiozinhos. אַ

Manifesto cristão

Evangélicos chilenos fazem campanha contra prostituição no país
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As prostitutas do Sul do Chile têm encontrado dificuldades para continuar vivendo da “profissão”. Desde 2003, um grupo de evangélicos autodenominado “Os Valentes de Davi” (uma referência aos 300 homens que acompanhavam o rei nas guerras de Israel) iniciou uma campanha contra prostitutas, travestis e seus clientes. O grupo, liderado pelo Pastor Carlos Adams, abriu, em agosto de 2002, uma igreja na área de prostituição da cidade de Concepción, a 400 km da capital chilena, Santiago. O local escolhido para a abertura do templo fora um prostíbulo e está cercado de casas de massagem. Da igreja, os Valentes—composto por um grupo de 30 homens—saem duas vezes na semana para cantar e distribuir folhetos evangelísticos em frente aos prostíbulos. O trabalho começa por volta da meia-noite, hora de maior movimento no local.
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QUEIXA GERAL—Os freqüentadores e os responsáveis pelas boates e casas da região reclamam. “Eles (os Valentes) desrespeitam o nosso trabalho. Eles vêm cantar louvores e iluminam os clientes com os faróis de seus carros”, reclama Emilia de Saldaña, ex-prostituta e gerente de uma boate no local cujos clientes são constantemente abordados pelos valentes chilenos. O Pastor Adams, por sua vez, defende seu ministério: “A alma dessas pessoas está enferma e devemos ajudá-las. Por isso, estamos expandindo o nosso trabalho. Estamos cumprindo a ordem do Senhor dada em Marcos 16.15-16 e 1Timóteo 4.1-5”, diz ele, que separou um grupo para levar a Palavra de DEUS à Holanda desde 2004
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(Fonte: Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicações – ALC) אַ
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ENQUETE: O que você acha sobre forma como os “Valentes de Davi” estão pregando o evangelho? Em sua opinião nossos irmãos do Chile estão sendo exagerados e radicais na abordagem que fazem e estão desrespeitando os direitos e a liberdade de ir e vir dos freqüentadores daquelas boates?
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Apologética

Adolescentes x meios de comunicação
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Segundo estudo recentemente publicado pelas cientistas Kelly Ladin L’Engle, Jane Brown e Kristin Kenneavy, da Universidade da Carolina do Norte, filmes, televisão, músicas e revistas estão alimentando a promiscuidade em adolescentes de 12 a 15 anos. O estudo avaliou os efeitos dos meios de comunicação no comportamento sexual de 1.011 adolescentes e concluiu que as crianças expostas a maior conteúdo sexual através dos meios de comunicação tendem a sentir mais vontade de manter relações sexuais. O estudo aponta, ainda, que a maioria das 264 fontes de mídia examinadas mostra que as situações com conteúdo sexual ocorriam quase sempre entre casais solteiros e, em geral, apresentavam o sexo como algo seguro, normal e lícito entre solteiros ou pessoas que acabavam de se conhecer
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(Fonte: LifeSiteNews.com). אַ

Doutrina

O propósito de Deus: predestinação e pré-conhecimento – rm 9.1-24
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“Predestinação” é uma palavra usada com freqüência para significar a preordenação de todos os eventos determinados por DEUS na história do mundo—passado, presente e futuro. Esse uso é muito apropriado. Contudo, nas Escrituras e na teologia histórica protestante, “predestinação” se refere especificamente à decisão de DEUS tomada na eternidade, em relação ao destino final de pessoas individuais, antes de o mundo existir. Em geral, o Novo Testamento fala da predestinação ou eleição de pecadores particulares para a salvação e para a vida eterna (Rm 8.29; Ef 1.4-5, 11), ainda que as Escrituras, também, ocasionalmente atribuam a DEUS antecipada decisão a respeito dos que, finalmente, não foram salvos (Rm 9.6-29; 1Pe 2.8; Jd 4). Por essa razão, é freqüente, na teologia protestante, definir a predestinação mediante a inclusão tanto da decisão de DEUS de salvar alguns do pecado (a eleição) como a correspondente decisão de não salvar outros (reprovação). Com freqüência, afirma-se que a escolha que DEUS faz de indivíduos para a salvação está baseada no seu pré-conhecimento de que eles escolheriam a CRISTO como seu Salvador. Pré-conhecimento, nesse caso, significa que DEUS prevê passivamente o que os indivíduos farão independentemente da preordenação de DEUS com relação às ações deles. Porém há pesadas objeções ao ponto de vista de que a eleição está baseada numa previsão passiva (ou seja, não haver nenhuma participação ativa de DEUS). “Conhecer de antemão”, em Rm 8.29; 11.2 (cf. 1Pe 1.2, 20) indica não só o conhecimento antecipado que DEUS tem, mas também a escolha antecipada que DEUS faz do seu povo. Não expressa a idéia da previsão passiva que um expectador tem daquilo que vai acontecer espontaneamente. O conhecimento que DEUS tem do seu povo nas Escrituras implica um relacionamento especial de escolha por amor (Gn 18.19). Posto que todos estão naturalmente mortos no pecado (separados da vida de DEUS e indiferentes para com ELE), ninguém que ouve o Evangelho pode chegar ao arrependimento e à fé sem receber a renovação interior, que só DEUS pode conferir (Ef 2.4-10). Jesus disse: “Ninguém poderá vir a mim se pelo PAI não lhe for concedido” (Jo 6.65; cf. 6.44; 10.25-28). Pecadores escolhem a Cristo porque DEUS os escolheu primeiro e levou-os a essa escolha pela renovação de seu coração mediante a graça. Ainda que todos os atos humanos sejam livres, no sentido de uma autodeterminação imediata, esses atos são também executados dentro da preordenação e propósito eterno de DEUS. Temos dificuldade em compreender precisamente de que maneira se compatibilizam a soberania divina e a liberdade e responsabilidade humanas, mas as Escrituras, em toda a parte, pressupõem que são compatíveis (At 2.23; 4.28). Embora por sua própria vontade homens ímpios, tanto judeus como gentios (At 4.27-28), tivessem levado Jesus à morte, suas ações estavam dentro da soberana determinação de DEUS (cf. At 17.26; 2Cr 25.16; Jr 21.10; Dn 11.36). DEUS ordenou a morte de seu Filho, mas os executores imediatos levam a culpa por crucificarem Jesus (At 3.17-18; 4.27-28; 13.27). DEUS ordena tanto os meios quanto os fins dos acontecimentos humanos sem violar a liberdade e responsabilidade humana. Os judeus não puderam passar sua culpa aos romanos; eles tinham pedido aos romanos para crucificarem Jesus. Pedro ensina que os judeus eram responsáveis (At 3.15; 4.10; 5.30; 10-39). Nada, nem mesmo a morte injusta do Filho de DEUS, acontece à parte da vontade e do controle soberanos de DEUS. Embora os assassinos de Jesus tenham agido de acordo com o que DEUS havia determinado, eles eram agentes moralmente responsáveis e eram considerados como aqueles que deveriam prestar contas (At 3.15). A certeza do plano de DEUS para o mundo é estabelecida pelo seu soberano propósito e assegurado pela sua mão todo-poderosa. Os primeiros capítulos de Atos ensinam a compatibilidade entre a soberania divina e a responsabilidade humana. Os cristãos devem agradecer a DEUS por sua conversão, pedir que ELE os guarde em sua graça e esperar, com confiança, por seu triunfo final, de acordo com SEU plano אַ
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[Bíblia Estudo de Genebra, p. 1089 - Ed. Cultura Cristã